quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Juíza absolve Wilson Santos em ação de improbidade

A juíza da 2ª Vara Federal em Mato Grosso, Vanessa Curti Perenha Gasques, julgou improcedente uma ação movida pela União contra o deputado estadual Wilson Santos (PSDB), líder de governo na Assembleia Legislativa. A ação foi movida quando Wilson Santos era deputado federal, por conta de uma licitação para compra de uma ambulância, em 2004. Santos, na época, destinou emenda para custear a aquisição da ambulância.. Outras sete pessoas também foram absolvidas com a decisão da juíza relativa à “Máfia dos Sanguessugas”.

Eram réus na ação, além do deputado Wilson Santos, os empresários Darci e Luiz Vedoin; a ex-assessora do Ministério da Saúde, Maria da Penha Lino; e os ex-servidores da Comissão de Licitação da Prefeitura de Cuiabá, Maria Aparecida de Bastos, José Augusto Teixeira Neves da Costa, Eliza Marques França Rodrigues e a assessora jurídica Ana Lídia Sousa Marques.

Em 2006, quando a Polícia Federal deflagrou a Operação Sanguessugas no País, a acusação contra o deputado veio à tona. A União relatou que foi firmado um convênio para a aquisição de uma ambulância, onde a União repassaria R$ 120 mil e o município R$ 6 mil. Segundo a acusação, a licitação para adquirir o veículo teria sido direcionada por Wilson Santos, com a ajuda dos servidores da comissão de licitação da Prefeitura, no intuito de beneficiar a empresa Planam Indústria Comércio e Representação Ltda., de propriedade de Darci José Vedoin.

O alegado esquema também teria contado com a participação da assessora jurídica Ana Lídia Marques, que emitiu parecer favorável ao certame. Além disso, a União acusou que a ambulância foi adquirida com valor superfaturado.

A juíza Vanessa Perenha Gasques admitiu que a licitação ocorreu com sete irregularidades: falta dos necessários atos do processo administrativo; falta de ampla pesquisa de mercado; reunião sigilosa para habilitar as empresas licitantes; ausência de edital; falta de formalização do contrato; redução irregular de preço pela Planam; e recebimento da licitação por uma só pessoa. A magistrada entendeu que a tese principal sobre o conluio entre empresas e o superfaturamento de 38% não ficou comprovada. Outro motivo que levou a juíza a julgar improcedente a ação foi a falta de provas de que houve conluio entre as empresas licitantes – Planam e Iveco Fiat Brasil Ltda.

“Consigno desde já que a Auditoria 4680 do Denasus (Departamento Nacional de Auditoria do SUS) não constatou ter havido conluio entre as empresas. Não há qualquer menção nesse sentido no relatório encartado às fls. 62/100. No entanto, tenho que a alegação não se sustenta, não por conta da ausência de constatação pelo Denasus, mas porque não foi feita a devida comprovação, pela União, de que o conluio entre as empresas participantes do certame tenha existido”, reiterou.

Para a juíza Vanessa Gasques, não houve prática de improbidade por parte do atual deputado Wilson Santos ou dos demais réus. “A única atuação que o requerido Wilson Pereira dos Santos teve foi a de ter apresentado, quando exercia mandato de deputado federal, emenda ao orçamento que viabilizou a celebração do convênio. No mais, não se observa qualquer participação no procedimento licitatório. Nem mesmo nos interrogatórios dos envolvidos na máfia das sanguessugas, prestados perante a autoridade policial ou criminal, seu nome é sequer citado”, escreveu. Ainda na decisão, a magistrada determinou o desbloqueio de R$ 120 mil que havia sido aplicado aos réus da ação.

ARQUIVADAS - O deputado Wilson Santos afirma que responde por seus atos, como sempre respondeu, e que nada há de registro que manche sua conduta como homem público. O parlamentar recorda que já respondeu a 23 acusações no Tribunal de Contas da União (TCU), e todas foram arquivadas. Ele frisou que seis das suas contas relativas ao seu período como prefeito de Cuiabá foram aprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) e pela Câmara de Vereadores de Cuiabá. Wilson Santos afirmou e fez questão de lembrar que as 12 contas de campanhas eleitorais, na sua carreira política, foram aprovadas pelo TRE-MT.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Wilson diz que minorias devem integrar Conselho Estadual da Juventude


O deputado estadual Wilson Santos (PSDB), líder de governo na Assembleia Legislativa, defendeu ontem (02), durante anúncio do Conselho Estadual da Juventude, feito pelo governador Pedro Taques (PSDB), em encontro com jovens cuiabanos na Arena Pantanal, a participação de todos os movimentos na formatação do conselho que teve aprovação unânime no Parlamento Estadual.
“Sou do tempo que os governadores eram biônicos, escolhidos pelas forças armadas. Feliz é o povo que tem o governador eleito pelo voto direto, que vem ouvir as críticas e sugestões, como faz Pedro Taques”, disse o parlamentar, ao destacar a necessidade de presença das minorias na implantação do novo Conselho Estadual da Juventude. “Falar em democracia é fácil. Nós enfrentamos a força policial nos anos 70, que não permitiam as organizações, os movimentos populares, vivenciamos a Diretas-já, com Dante de Oliveira. Democracia é respeitar as minorias”, disse.
A aprovação unânime do Conselho Estadual da Juventude na Assembleia Legislativa, conforme Wilson Santos, não significa que os deputados votaram um conselho perfeito. “Agora, vocês é que vão formatar, definir as regras, metas, direitos e deveres”, pontuou. “Só participando diretamente do conselho os problemas de cada movimento será conhecido, o que facilitará a busca de soluções”, completou.