segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Ciclo de Formação Humana

Deputado diz que entrega relatório da educação para Taques até fim do mês


O deputado Wilson Santos (PSDB) afirmou que entrega ao governador de Mato Grosso, Pedro Taques (PSDB), até o final deste mês, um documento sobre a situação da educação estadual para a adoção de políticas públicas no setor. O relatório faz parte de um levantamento feito pelo deputado em oito audiências públicas em cidades polos do Estado. O parlamentar reuniu nesta sexta-feira (11), representantes das oito cidades onde ocorreram as audiências sobre o ciclo de formação humana, a escola ciclada, para avaliar e pontuar a discussão e, assim, finalizar o documento que será entregue ao governador.
“Depois de entregar esse relatório serei um pitbull na defesa das melhorias para a educação. Não dá para acreditar que alunos do 9º ano do ensino fundamental não dominem as quatro operações básicas da matemática e outros 59% não sabem absolutamente nada, nem ler nem escrever. É uma tragédia, que futuro estamos preparando, que qualidade de educação o Estado está ofertando?”, questiona o parlamentar. Conforme Santos, atualmente são 409 mil estudantes no ensino fundamental de Mato Grosso.
O promotor Henrique Neto, da Promotoria de Justiça de Educação, do Ministério Público Estadual, que participou da reunião, o debate é fundamental porque envolve todos os segmentos envolvidos com o setor. “As discussões servem de subsídios para a implementação de políticas públicas na educação. O Ministério Público está atento e participa das discussões como forma de ajudar o Estado a encontrar uma política equilibrada, que tenha resultados, que seja uma educação de qualidade e que estimule o aluno a ficar em sala de aula”.
A secretária de Educação de Rondonópolis, ex-deputada Ana Carla Muniz, defende a manutenção do ciclo de formação humana. Ela participou da primeira audiência sobre o tema, na sua cidade, e agora da reunião de avaliação. “O que o Estado precisa é fortalecer a política do ciclo. Esse modelo foi implantado em 2002, em Rondonópolis”, adiantou. Segundo ela, o seriado é um modelo excludente.
Já o prefeito Pedro Tercy, de Denise, que esteve na audiência pública de Tangará da Serra, é contrário ao ciclo de formação humana. “A escola ciclada só pode ser mantida se houver correções. Na minha cidade existem alunos do sétimo ano que não sabem ler nem fazer as quatro operações de matemática. Isso é um absurdo, pois é o básico e o cidadão precisa saber”, diz.
Para a presidente do Conselho Municipal de Educação de Cuiabá, professora Regina Lúcia Borges Araújo, é muito difícil analisar se o sistema de educação ciclado é vantajoso ou não para o aluno. Ela argumenta que é preciso ocorrer uma reformulação na formação pedagógica dos professores pelas faculdades públicas e privadas.   
“Falar que o ensino ciclado é uma metodologia ou organização diferente, não faz a diferença. O que tem clareza é que há uma política de inclusão, e na política de inclusão todos têm acesso. Não existe em nenhum momento, inclusive na legislação, que as crianças têm que sair da escola fundamental sem saber nada. O que não podemos é retê-lo. Para isso, a escola tem que possuir sala de aula de superação, e professores em outro período para dar sequência aos estudos”, disse Regina Aráujo.

Um comentário:

  1. Os professores não precisam de reciclagem, estão preparados para o ensino-aprendizagem,precisam sim de um modelo de escola que priorize o conhecimento como forma de crescimento intelectual dos seus alunos e dotá-los de forma a entenderem o mundo e tudo que acontece ao seu redor e inclui-los na sociedade como um todo. Isso é INCLUSÃO.

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